12 de agosto de 2010

É o bilhete que marca o destino de uma pessoa,
a merda de um papel diz-te em que comboio deves entrar.
Tens um caminho pouco tribulado, segues o prado com o rosto,
talvez sejas o único na carruagem, mas só tu o sentes.
Anseias cada paragem, procuras um acontecimento,
chegas a conclusão que é apenas uma viagem.
Sentes que estas perdendo um momento algures no mundo,
a solidão esta a cercar os teus passos.
Pedes um novo rumo, um último grito,
desejas nunca ter dito "acabou".
Lembras o quanto aquele abraço te fazia bem,
pensas não ser ninguém por ter feito alguém sofrer.
Não é tarde deixa o bilhete corre para junto de quem te quer sorrir,
o fim por vezes tem algo mais a dar.

O bilhete de comboio perdido que posso ver no chão.

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